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Setransp: Transporte público perdeu cerca de 70% de passageiros em 2020
O diretor da Setransp, Alberto Almeida, deu um panorama do setor em entrevista concedida ao Programa Liberdade Sem Censura nesta sexta-feira, 19.

O isolamento e a baixa circulação de pessoas interferiram na circulação de ônibus coletivos em Aracaju no ano de 2020. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), somente no ano passado houve uma redução de até 70% dos passageiros, modificando as estruturas do transporte público na capital. O diretor da Setransp, Alberto Almeida, deu um panorama do setor em entrevista concedida ao Programa Liberdade Sem Censura nesta sexta-feira, 19.
Mesmo com o aumento de pessoas circulando em 2021, em seu ponto de vista, o transporte público atravessa momentos difíceis a nível nacional. "Esse ano, em fevereiro estamos com 60% da população. Então temos uma queda de 40%. Porém, estamos rodando com 85% da frota. O sistema de transporte no Brasil e em Aracaju está quebrando. Ou a gente cuida, como temos feito, buscando alternativas de segurar e deixar as empresas e os postos de trabalho funcionando. Ou vamos fechar as portas como no Rio, onde ontem 6 empresas fecharam as portas", declarou Alberto.
Ao ser questionado sobre demissão de funcionários, o diretor garante que o sindicato buscou preservar os postos destes trabalhadores. "É importante que as pessoas entendam que o cobrador que saiu da catraca não foi demitido. Temos assegurado até esse momento que essas pessoas não sofreram demissão em massa, transferimos, mudamos de função e preservamos a maioria dos postos de trabalho.
Alberto declarou ainda que a maior parte da população aracajuana utiliza bilhetagem eletrônica, portanto não configura como acúmulo de funções para os motoristas que também exercem a função de cobradores. "Atualmente em Aracaju, acima de 80% da população utiliza a bilhetagem eletrônica. A circulação de moedas e cédulas dentro do ônibus colabora com a disseminação do vírus, então vamos buscar alternativas", explicou.
Isabella Kassan
Jornalista AlôNews